Depois de quase morrer abandonado em uma estrada, o urso pardo apelidado de Dimas encontrou um novo lar no Zoológico de Canindé, que fica a 120 quilômetros de Fortaleza. O urso foi encontrado, no último dia 15, às margens da BR-222, depois de permanecer dois dias em cima de uma carreta.
Pessoas que passavam próximo à entrada do município de Sobral acionaram o escritório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Sobral. Os agentes constataram que o animal encontrava-se em condições precárias. Além de estar numa jaula com tamanho inadequado para uma espécie daquele porte, um pouco de água e cenouras eram tudo que Dimas dispunha para se alimentar.
‘‘O urso estava ali há pelo menos dois dias, prestes a ter problemas sérios de desidratação e insolação por conta do forte calor e da falta de alimentação adequada’’, relata o analista ambiental do Ibama, Alberto Klefasz.
Segundo ele, o urso pertencia ao Circo Europeu, que mandou um representante ao local. Identificado apenas como Átila, ele disse que o animal, que estava sendo transportado de Maracanaú para Camocim, foi deixado ali porque o caminhão quebrou e eles foram em busca de outro meio de transporte. O circo foi multado em R$ 3 mil e o animal, apreendido.
O urso foi transportado para Canindé, local mais próximo onde havia condições de abrigá-lo provisoriamente. Após sedar o animal, a equipe do Zoológico de Canindé constatou que o animal teve as garras das patas dianteiras, as presas e os dentes incisivos arrancados, além de uma lesão no olho direito.
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Ao final de um giro de cinco dias por três continentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou ontem, em Moçambique, que o mandato presidencial é muito curto para a realização de todos os projetos desejados por um governante. O comentário foi feito em duas ocasiões diferentes. No fim da tarde, a uma platéia de cerca de cem empresários brasileiros e moçambicanos, Lula fez uma defesa da manutenção da reeleição. Foi no momento em que, de maneira irônica, relatou as dificuldades legais para construir uma hidrelétrica no Brasil. "No Brasil, um presidente da República que quiser fazer uma hidrelétrica de 3.000 megawatts precisa de dois mandatos. Num você toma a decisão, vai atrás do licenciamento, depois vai para licitação. Daí o empresário que perde entra com uma ação, é mais um ano. Depois, o Ministério Público acha outra ação, e quando está tudo resolvido o Tribunal de Contas entra com outra ação. É mais um ano. Acabou o mandato e você não fez nada", afirmou ele.
